terça-feira, 8 de novembro de 2011

63.


Conclusão contra as conclusões 


Por que fragmentos? Porque Fredrich Schlegel, em quem acredito, acredita que “Um fragmento tem de ser igual a uma pequena obra de arte: totalmente separado do mundo circundante e perfeito em si mesmo, como um porco-espinho”, e porque Novalis (Friedrich von Hardenberg), à margem do tal fragmento de Schlegel, anotou: “O porco-espinho: um ideal”. Como os espinhos estão para o porco, assim também os fragmentos, ligados ao um que não é o todo, mas parte: um porco, uma pele, um motivo, uma intencionalidade, uma coerência, uma incoerência, et cetera. Fragmentos, pois, são como flechas que acertam vários anéis de um mesmo alvo. Dizendo que há um arqueiro, e um espaço entre os dois... e uma ação. O haver ação é o que impulsiona toda a trama: da História, da(s) Arte(s), das Filosofias, das Teologias, et cetera. Fragmentos, pois, são como flechas: soltas, ligeiras, em movimento. Para o “fim”, basta a palavra – que nada finda, realmente –, ou a sua ausência... Ficaremos na ausência.     

FIM

OBSERVAÇÃO!
Findam-se aqui os textos que compõem os “Escousses provocativos a todo discurso filosófico-teológico que deseja-se levado a sério”. Na sequência, textos do inédito O Grande Livro do Amor.


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