2.
Do amor entre Meursault e Marie, n’O
estrangeiro (de Camus)
Aquele que se deixa prender por uma alegria
/ Rasga as asas da vida / Aquele que beija a alegria enquanto ela voa / Vive no
amanhecer da Eternidade.
– William Blake*
A morte está no início, no meio e no
fim de O estrangeiro (L’étranger), de Albert Camus – que Roland Barthes diz ser “o primeiro
romance clássico do pós-guerra”, e Manuel da Costa Pinto, à edição brasileira
da BestBolso1, apresenta-o como “um dos livros
mais enigmáticos da literatura francesa do século XX, [...] assimilado às
vanguardas”2, etc. O estrangeiro, juntamente com O mito de Sísifo (Le mythe de Sisyphe), do mesmo ano, e a peça Caligula
(1941), formam a “trilogia do absurdo” (ou ciclo, como é mais comum).
De fato.
O início do primeiro parágrafo da
“Parte I” dá o tema: “Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem. Não sei.3” E o que segue, a cada começo dos capítulos, mantém o mote
da gratuidade da vida, da inevitabilidade da morte, da contemplação do vazio de
sentido assomado ao metodismo complacente de um homem como Gregor Samsa, personagem d’A metamorfose (Die
Verwandlung, 1915) – tão bem
referenciado no início do capítulo 2 da Parte I, em que Meursault é um reflexo
estendido de Samsa:
“Ao acordar compreendi por que meu patrão se mostrara aborrecido quando lhe
pedi meus dois dias de licença: hoje é sábado. [...] Mas, por um lado, não é
culpa minha se enterram mamãe ontem em vez de hoje...4”
O “estrangeiro”, aí, é “o estranho”, em referência àquele sentimento que se tem
diante do mundo e do Outro: de distanciamento e inadequação, algo próximo ao outsider de Norbert Elias5. Uma
estranheza que também é notada em Kafka, n’O processo (Der Prozess, 1925): “Em O processo”, Camus afirma, “Joseph K. é acusado. Mas não sabe
de quê. Ele por certo quer se defender, mas ignora por quê.6”
Também Meursault, que sabe o motivo, mas não o porquê do motivo. Assim, não há
o que dizer além da verdade, que parece absurda e digna de riso. Quando
convocado a falar em sua defesa perante o juiz e as testemunhas, depois de ser
acusado de indiferente (à morte da mãe), assassino frio e calculista e imoral, segundo os pios valores cristãos, somente pode
afirmar “rapidamente, misturando as palavras, que fora por causa do sol. Houve
risos na sala.7” E por toda a parte,
durante o julgamento, Meursault diz e rediz não entender o que se passa, ou por
que se passa assim. Sua obstinação, bem como a consciência de seu crime, não
tem uma natureza moral, de algum arrependimento; é, antes, fortalecida pela
presença de um enfado acerca de tudo, que é absurdo e gratuidade... e c’est la vie. Não que ele quisesse
morrer, não; mas a morte era inevitável, agora ou depois, daqui a vinte anos. E,
se já, que diferença faria?, que importância o tempo a mais, excedente, traria?
“Todos sabem que a vida não vale a pena ser vivida”8,
ele diz. “No fundo, não ignorava que tanto faz morrer aos trinta ou aos setenta
anos, pois em qualquer dos casos outros homens e outras mulheres viverão, e
isso durante milhares de anos. Afinal, nada mais claro. Hoje, ou daqui a vinte
anos, era sempre eu que morria.9” Viver
não é uma dádiva, mas uma realidade fatal. Não há saída. Ele lembra-se (final
do capítulo 2 da Parte II) do que conversara com a enfermeira, durante o
enterro de sua mãe: “Não, não havia saída, e ninguém pode imaginar o que são as
noites nas prisões.10” Na referida
(final do capítulo 1 da Parte I): “Se andamos devagar, arriscamo-nos a uma
insolação. Mas se andamos depressa demais transpiramos e, [ao pararmos, à
sombra], apanhamos um resfriado.11”
“Tinha razão”, ele concorda com a enfermeira. “Não havia saída”.
É durante os dias que se arrastam pelo
seu julgamento que ele, do banco dos réus, lembra-se “que durante todo o
processo não tinha procurado uma única vez Marie com o olhar. Não a tinha
esquecido, mas tinha estado muito ocupado.12”
Como? Que ocupação? Meursault estava preso e sua única ocupação era pensar e
comparecer aos julgamentos, aos quais era obrigado, e arrastado. Não havia
ocupação, apenas a letargia sentimental estrangeira, jogando-o para longe de
tudo e de todos. Meursault é o homem absurdo d’O mito de Sísifo: sem justificativas à moral, a Deus ou ao
romantismo: “O homem absurdo só pode admitir uma moral, aquela que não se
separa de Deus: a que se dita. Mas ele vive justamente à margem desse Deus.
Quanto às outras morais (incluo também o imoralismo), o homem absurdo não vê
nelas senão justificativas, e não há nada a justificar.13” Sim, e é o que explica a sua indiferença
diante do juiz que lhe podia livrar da morte, que
Bruscamente, levantou-se, dirigiu-se com grandes passadas
para a extremidade da mesa e abriu a gaveta de um arquivo. Tirou um crucifixo
de prata que brandiu na minha direção. E com uma voz completamente alterada,
quase trêmula, gritou:
– Será que conhece este aqui?
– Sim, é claro – respondi.
Disse-me, então, muito depressa, e de modo apaixonado, que
ele acreditava em Deus, que tinha convicção de que nenhum homem era tão culpado
para que Deus não o perdoasse, mas que para isso era necessário que o homem,
pelo seu arrependimento, se transformasse como que numa criança, cuja alma está
vazia e pronta para acolher tudo.14
Meursault é também
um Kierkegaard que, à sua maneira, não consegue dar o salto da fé15... e nem o deseja. Tanto que, quando o
padre capelão vem ter com ele, pouco antes de ele ser conduzido à guilhotina,
continua irredutível, considerando essa conversa como mais um enfado desnecessário.
Por ele, ou contra ele, chega à sua reação mais violenta – pois consciente, sem
a embriaguez daquele sol –, que descreve: “Queria continuar a me falar em Deus,
mas eu avancei para ele e tentei explicar-lhe, pela última vez, que já não
dispunha de muito tempo. Não queria perde-lo com Deus. [O capelão] tinha um ar
tão confiante, não tinha? No entanto, nenhuma das suas certezas valia um cabelo
de mulher...”16
... uma mulher como Marie, por exemplo, Marie Cardona.
A “Marie que”, ele diz, “queria que eu me casasse com ela.17” A mesma Marie que ele havia
esquecido, divagando sobre tudo o que fizera, e sobre a sua vida na prisão e
sobre a condição miserável que é viver, e morrer... ou viver para morrer. Não,
não era um esquecimento proposital, somente um hiato anômico entre ama última
visão e esta, nova: “Eu a vi entre Céleste e
Raymond. Fez um pequeno sinal, como se dissesse ‘enfim’ e vi sorrir seu rosto
um pouco ansioso. Mas sentia o coração fechado e nem sequer fui capaz de
corresponder a seu sorriso.18” “O
absurdo não liberta, amarra” – está n’O
homem absurdo19. E:
“Se amar bastasse, as coisas seriam simples. Quanto mais se ama, mais se
consolida o absurdo.20” À
Marie, porém, ele nunca amou; nunca pode ir a tanto.
Marie. Quem era Marie?
Meursault a conheceu no dia seguinte ao
enterro de sua mãe, na praia – e isso lhe foi imputado negativamente diante do
juiz e de todos do/no tribunal. Era um domingo de sol em Marengo. Ele fazia a
barba, pensando sobre o que poderia fazer por ali, antes de voltar para Argel,
e para o refúgio tranquilo do seu emprego.
[...] decidi tomar um banho de mar. Uma vez lá,
mergulhei no canal. Havia muitos jovens. Na água encontrei Marie Cardona, uma
antiga datilógrafa do escritório que eu desejara na época. Ela também, creio
eu. [...] Ajudei-a a subir numa boia e, nesse movimento, rocei os seus seios.
Eu estava ainda na água quando ela já se deitara na boia, de bruços. Virou-se
para mim. Os cabelos caiam-lhe nos olhos e sorria. Ergui-me até ficar ao seu
lado. O tempo estava bom e, de brincadeira, deixei cair a cabeça para trás e
encostei-a na sua barriga. Não reclamou, e eu fiquei assim. Tinha o céu inteiro
nos olhos, e ele estava azul e dourado.21
Combinam ver, à noite, um filme de Fernandel (Fernand
Joseph Désiré Contandin), no cinema. Lá, ele a beija, de modo desajeitado. Ela acaba indo à sua
casa, depois. Conversam, transam, dormem. Quando ele acorda, ela já saiu. Ele
lembra que ela havia falado em visitar uma tia. “Então, virei-me na cama,
busquei no travesseiro o cheiro de sal que os cabelos de Marie tinham
deixado...22” Daí em diante, estará
sempre se encontrando com ela. Como no sábado da semana seguinte. Ela está em um vestido
de listras vermelhas, e sandálias de couro; ele a deseja profundamente,
adivinhando seus seios firmes e queimados pelo sol da praia, que têm em sua imaginação
o aspecto de uma flor. Decidem ir à praia novamente, a alguns quilômetros de
Argel. “Marie chegou perto, então, e colou-se a mim na água. Colocou a boca
contra a minha. A língua dela refrescava-me os lábios, e rolamos por instantes
nas ondas.23” Ela o encara com os
olhos brilhando, está apaixonada. Apressam-se a encontrar um ônibus para
voltarem à casa dele, e à sua cama. Transam, cansam-se, depois descansam nus
sobre a cama, enquanto a noite de verão escorre por seus corpos bronzeados. Ela
decide ficar com ele até a manhã; quer fazer-lhe o almoço. Ele sai para comprar
carne. Quando retorna, ela
Estava
com um dos meus pijamas, do qual arregaçara as mangas. Quando riu, voltei a
sentir desejo por ela. Instantes depois perguntou-me se eu a amava.
Respondi-lhe que isto não queria dizer nada, mas que me parecia que não. Ficou
com ar triste. Mas ao preparar o almoço e a propósito de nada, voltou a rir, de
tal forma que eu a beijei.24
Na semana seguinte, é Marie quem vai buscar Meursault e, novamente, pergunta se ele quer casar-se
com ela. “Disse que tanto fazia, mas que se ela queria, podíamos nos casar.”
Ela quer saber se ele a ama. “Respondi, como aliás já respondera uma vez, que
isso nada queria dizer, mas que não a amava.” “Nesse caso”, ela pergunta, “por
que se casar comigo?” “Expliquei que isso não tinha importância alguma e que,
se ela o desejava, nós poderíamos casar. Daí a pouco é ela quem se pergunta se
o ama; disso, porém, ele nada pode saber, ou dizer. Ela diz que ele é uma pessoa
estranha e que, talvez por isso mesmo o amasse, “mas que talvez um dia, pelos
mesmos motivos, eu a decepcionaria.25”
Ele fica calado. Ela o abraça e, sorrindo, declara que quer, sim, casar-se com
ele.
No domingo seguinte, com Marie e em
companhia de amigos (Raymond, Masson e sua mulher, uma francesa), Meursault
terá momentos alternados entre a alegria e a embriaguez sangrenta do sol
cegante. Na praia, envolve-se em uma briga com alguns árabes, inimigos de
Raymond. Depois que tudo parece haver se resolvido, ele retorna à praia,
sozinho e armado com um revólver que pertence a Raymond. Encontra o árabe que
havia ferido seu amigo, e em um momento de tensão e delírio, mata-o.
Compreendi que destruíra o equilíbrio do dia, o
silêncio excepcional de uma praia onde havia sido feliz. Então atirei quatro
vezes ainda num corpo inerte em que as balas se enterravam sem que se desse por
isso. E era como se desse quatro batidas secas na porta da desgraça.26
Não poderia estar mais certo.
Somente depois de muitos dias é que
verá Marie, que não pode visitá-lo antes, por não ser sua mulher. Na vez em que
ela consegue, conversam pouco, em um ambiente tumultuado e confuso. “Você vai
sair depressa”, ela lhe diz, “e vamos nos casar.27”
Ele não tem a mesma esperança. É quando se lembra da conversa com a enfermeira,
no dia do enterro da mãe: não há saída; não há esperança. Os repórteres
aumentam as proporções do seu caso, para que os jornais vendam mais. O
testemunho de Marie não ajuda muito, muito ao contrário: o banho de mar, o
cinema, a ida à casa dele, um dia após o falecimento da mãe, que abandonara no
asilo. Meursault, cada vez mais e aos olhos de todos, torna-se um monstro – uma
barata enorme. Não há esperança; não há saída.
Da sala pequenina que “cheira à
escuridão”, quase pode ouvir sua sentença; que ouve agora, nitidamente, ao ser
reintroduzido na sala do julgamento. É condenado à morte por guilhotina. Sua
cabeça seria cortada “numa praça pública em nome do povo francês”.
Perguntam-lhe se ele quer dizer alguma coisa: “Não.” É a sua resposta28. A única que pode ser.
Enquanto o dia não chega, as horas se
arrastam, e Marie some. Ele lembra-se de lembrar-se dela:
Pela primeira vez em muito tempo pensei em
Marie. Havia muitos dias que não me escrevia mais. Naquela noite, pensei muito
e disse a mim mesmo que ela talvez se tivesse cansado de ser amante de um
condenado à morte. Veio-me a ideia de que ela talvez estivesse doente ou morta.
Era a ordem natural das coisas. Como poderia eu saber, aliás, já que, além dos
nossos corpos agora separados, nada nos ligava, nada nos lembrava um ao outro.
A partir desse momento, a lembrança de Marie me passaria a ser indiferente.
Morta, deixaria de me interessar. Achava isso normal, assim como compreendia
muito bem que as pessoas me esquecessem depois da minha morte.29
No acesso de fúria que tem contra o
padre, quando lhe pega pelo colarinho, Marie ainda é uma lembrança dolorosa, a
“Marie que queria que eu me casasse com ela”, diz ao capelão. “Que importava
que ela oferecesse hoje a boca a um novo Meursault?30” Não havia mais esperanças; não havia
mais tempo; não havia mais nada. Mas isso tudo, afinal, não era lá uma coisa realmente
muito importante. A cólera, porém, foi. Foi a sua última investida contra algum
sentido da/na vida – que ele poderia desejar, e que jamais poderia ter. Seu
prêmio foi o repouso tranquilo na terna indiferença do mundo. “Por senti-lo tão
parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que tinha sido feliz e que ainda o
era. Para que tudo se consumasse, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar
que houvesse muitos espectadores no dia da minha execução e que me recebessem
com gritos de ódio.”31
O amor de Meursault por Marie, como o
amor pela vida, não tem mais importância nenhuma, nunca teve. O desejo de amar
e ser amado, se vai além do desejo sexual, é um sentimento estrangeiro, um
absurdo.
* “He who binds to himself a joy /
Does the winged life destroy / But he who kisses the joy as it flies / Lives in
eternity's sun rise.” (BLAKE, William. Eternity. In: HOWARD, John. Infernal poetics:
poetic structures in Blake’s Lambeth prophecies. Cranbury, NJ: Fairleigh
Dickinson Univ. Press, 1984. p. 102).
1 Selo da editora Best
Seller, do Grupo Editorial Record, de São Paulo.
2 PINTO, Manuel da Costa.
Prefácio à edição de bolso O estrangeiro,
tragédia solar. In: CAMUS, Albert. O
estrangeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010a. p. 5. Publicado em
1942 (antes da Segunda Guerra), O estrangeiro tem como cenário a cidade de Argel,
terra natal do escritor, lugar onde viveu durante alguns anos e onde começou
sua carreira de escritor e jornalista.
3 CAMUS, 2010a, p.
13.
4 CAMUS, 2010a, p. 25. E, no início d’A metamorfose, de Kafka: “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou
de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto
monstruoso. [...] – O que aconteceu comigo? – pensou. Não era um sonho. [...]
Samsa era caixeiro viajante. [...] O olhar de Gregor dirigiu-se para a janela e
o tempo turvo – ouviam-se gotas de chuva batendo no zinco do parapeito –
deixou-o inteiramente melancólico. – Que tal se eu continuasse dormindo mais um
pouco e esquecesse todas essas tolices? – pensou, mas isso era completamente
irrealizável, pois estava habituado a dormir do lado direito e no seu estado
atual não conseguia se colocar nessa posição. [...] – Ah, meu Deus! – pensou. –
Que profissão cansativa eu escolhi. Entra dia, sai dia – viajando.” (KAFKA,
Franz. A metamorfose. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997. p. 7-8).
5 Cf. ELIAS,
Norbert. The Established and the
Outsiders: a sociological enquiry into community problems. Londres: Frank Cass & Co, 1965.
6 CAMUS, Albert. O mito de Sísifo.
Rio de Janeiro: Edições BestBolso, 2010b. p. 127.
7
CAMUS, 2010b, p. 95.
8
CAMUS, 2010a, p. 103. Ou, como no tema central d’O mito de Sísifo: “Só existe um problema filosófico realmente sério:
o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à
pergunta fundamental da filosofia.” (CAMUS, 2010b, p. 19). “Viver,
naturalmente, nunca é fácil.” (CAMUS, 2010b, p. 21).
9
CAMUS, 2010a, p. 103.
10
CAMUS, 2010a, p. 78.
11
CAMUS, 2010a, p. 24.
12
CAMUS, 2010a, p. 97.
13
CAMUS, 2010b, p. 73.
14
CAMUS, 2010a, p. 67.
15
“Não posso realizar o movimento da fé, não posso cerrar os olhos e lançar-me de
cabeça, pleno de confiança, no absurdo; tal coisa é impossível, mas não me
vanglorio por isso.” (KIERKEGAARD,
Sören. Temor e tremor. Lisboa:
Guimarães Editores, 1990. p. 47).
16
CAMUS, 2010a, p. 108. E, logo adiante: “Do fundo do meu futuro, durante toda
esta vida absurda que eu levava, subira até mim, através dos anos que ainda não
tinham chegado, um sopro obscuro, e esse sopro igualava, à sua passagem, tudo o
que me haviam proposto nos anos, não mais reais, que eu vivia. Que me
importavam a morte dos outros, o amor de uma mãe, que me importavam o seu Deus,
as vidas que as pessoas escolhem, os destinos que as pessoas elegem, já que um
só destino devia eleger-me a mim próprio e comigo milhares de privilegiados
que, como ele, se diziam meus irmãos.” (CAMUS, 2010a, p. 109).
17
CAMUS, 2010a, p. 109.
18
CAMUS, 2010a, p. 97.
19
CAMUS, 2010b, p. 74.
20
CAMUS, 2010b, p. 75.
21
CAMUS, 2010a, p. 25.
22
CAMUS, 2010a, p. 26.
23
CAMUS, 2010a, p. 39.
24
CAMUS, 2010a, p. 40.
25
CAMUS, 2010a, p. 46.
26
CAMUS, 2010a, p. 60.
27
CAMUS, 2010a, p. 73.
28
CAMUS, 2010a, p. 98.
29
CAMUS, 2010a, p. 104.
30
CAMUS, 2010a, p. 109.