terça-feira, 6 de novembro de 2012


22.






Da apelação estética, do sexo e da moral religiosa    


               

Se Darwin havia provocado a ortodoxia eclesiástica e sacudido a cabeça de cientistas e intelectuais de seu tempo, com a publicação do Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a Preservação de raças favorecidas na luta pela vida, em 1859, “O livro que abalou o mundo”, como se referiam a ele, um golpe ainda mais profundo e certeiro veio em 1871, com a publicação de A descendência do homem e seleção em relação ao sexo1. Aí, nas palavras de André Mesquita, “Darwin finalmente coloca o homem como [apenas] mais um entre os seres vivos sujeitos às mesmas leis evolutivas e tinha só uma origem comum com os outros animais como perdia todas as suas regalias como um ser concebido à imagem e semelhança de um deus.2” O homem, no mundo, era um com ele, nele; e como tudo, no mundo: nada divino, nada diabólico, nada sublime, nada desimportante. N’A origem das espécies, a beleza – como a cauda que o pavão ostenta, e como as cores vivas e brilhantes de certas aves, peixes, frutas, etc. – se não é aviso de perigo ou disfarce protetor, é propaganda da saúde e convite ao coito, na exibição com vistas à preferência, na luta pela sobrevivência do mais apto, do melhor. Tanto mais bela a espécie, tanto mais saudável e apta a gerar espécies cada vez mais belas e saudáveis. Tal movimento faz evidente a Vontade de vida, na linguagem schopenhaureana.3

Podemos compreender, até certo ponto, que haja tanta beleza em toda a natureza porque pode, em grande parte, atribuir-se esta beleza à intervenção da seleção. Esta beleza não concorda sempre com as nossas ideias sobre o belo; basta, para nos convencermos, considerar algumas serpentes venenosas, alguns peixes e morcegos horrendos, com uma abjeta distorção da face humana. A seleção sexual deu brilhantes cores, formas esbeltas e outros ornamentos aos machos e também às fêmeas de muitas aves, borboletas e diversos animais.4
               
E, claro, os homens e as mulheres entre eles.
Pensadores e cientistas renomados, como Francis Bacon, por exemplo, viam a ordem e a beleza da natura como manifestações de um poder extramundano, inteligente, criativo e benevolente – conforme acreditavam estar revelado na Bíblia. O Novum organum de Bacon, publicado em 1620, exerceu grande influência sobre o naturalista inglês John Ray, que foi um seu colega na Royal Society of London for the Improvement of Natural Knowledge. Naquela que é, muito certamente, a mais conhecida e célebre obra de Ray, a Historia Plantarum, de 1686, estão classificadas mais de 18.600 tipos de plantas, algumas apontadas como tendo um ancestral comum. Aí aparece, nas classificações (famílias, sementes, tipos, etc.), a estrutura ordenada das coisas no mundo, conforme Bacon. O sueco Carl von Linné5, pai da taxonomia moderna, porém, foi o naturalista que mais exerceu influência sobre Darwin, com a publicação do seu Systema Naturae, em 1765. Mas também Lineu acreditava na existência de uma ordem divina que regia e regulava tudo no mundo, e no universo. Nenhum organismo escapava ao seu controle e, dele, evidentemente, dependia. Ao desenvolver o seu sistema e classificar os seres vivos, foi na intenção de provar o poder por trás dessa ordem. Era comum, na época, que os cientistas pautassem suas teorias em conformidade com a Bíblia. Por que era assim?
Dada à esmagadora influência de Platão e, depois, Aristóteles sobre as concepções cristãs do mundo, da Patrística à Idade Média, Deus aparecia como criador e mantenedor de tudo. A Ideia platônica, pura e incorruptível, era também eterna como é, sem qualquer “evolução”6; o Primum Mobile aristotélico, fim do movimento a que tudo se dirige, na Scala Naturae, na relação entre os seres vivos, sem espaços vazios na cadeia, e sem ligações diversas interespécies. Um ser inferior, na Scala Naturae, não pode ser o antepassado de outro, superior. Todas as formas são imutáveis e necessárias e, logo, não surgem, evoluem ou podem ser destruídas.7
Os Padres – santa conveniência! – logo viram, aí, tudo convergindo para Deus, fundamento e mantenedor do mundo e da ordem no mundo. E tudo o que se podia chamar de belo ou bom, era medido e/ou reconhecido pelo Sumo Bem, também confundido (ou co-fundido) com Deus: medida, verdade e razão de todas as coisas. Justino de Roma (morto por volta de 165 d.C.), um dos mais afoitos, depois de ser rejeitado como discípulo de um pitagórico, volta-se para um mestre platônico e, logo, “julgava ter-me tornado um sábio”, ele diz, “ter-me tornado um sábio em tão pouco tempo, e totalmente esperava em breve ver o próprio Deus – pois tal é o fim da filosofia platônica.8” Que grande, o engano de Justino! A cosmologia9, até Darwin, estava assim: gripada e sofrendo com os delírios dessa febre metafísica: do belo, do bom, do amor, do sublime, et cetara.
No The selfish gene, Richard Dowkins não poderia ser mais claro e extensivo:

Por três bilhões de anos, os organismos vivos haviam existido na Terra sem nunca saber por que razão [porque a fé não é uma explicação], até que a verdade finalmente ocorreu a um deles. Seu nome era Charles Darwin.10

Outro livro, de Daniel C. Dennett, Breaking the spell: religion as a natural phenomenon, de 200611, depõe contra o tal encantamento do mundo, às vezes também assombrado pelos demônios – como no título de outro, de Carl Sagan12. Mais do que nunca, e nunca como antes, a citação colocada na boca do Cristo tem feito sentido: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Autores modernos, cada vez mais, têm visto as correspondências de um Almeida Garret à Viscondessa da Luz13, por exemplo, como afetação inconsciente da Vontade, atiçando-o contra ela, por amor não à referida, mas por amor a si mesmo, pelo gene egoísta que responde às pulsões, com vistas à geração de outro indivíduo da mesma espécie. O belo e o sublime, louvados... delírio. O romantismo, na iminência da razão, cai na licença poética, na fantasia inquestionada, fazendo o mesmo caminho da fé confiante, na religiosidade popular, e da necessidade mais superficial e imediata de uma resposta ao que poderia ser ou dar um “sentido à vida”, ou ao mundo... ao nosso mundo.
Darwin, cheio de respeito àqueles e àquelas que acreditavam romanticamente no governo divino do mundo, faz a diplomacia entre o que defende e o que de que pode ser acusado:

Não vejo nenhuma razão para que as opiniões expostas neste volume [A origem das espécies] firam o sentimento religioso de quem quer que seja. É satisfatório, para mostrar o quanto estas impressões são passageiras, recordar que a maior descoberta que o homem já efetuou, a lei da gravidade, foi também atacada por Leibnitz14, “como subversiva da religião natural, e, nestas condições, da religião revelada”. Um famoso eclesiástico escreveu-me que acabara por compreender que “acreditar na criação de algumas formas capazes de se desenvolver por si mesmas em outras formas necessárias é ter uma concepção bem mais elevada de Deus do que acreditar que haveria necessidade de novos atos de criação para preencher as lacunas causadas pela ação das leis Dele.”15

Por outro lado, religiosos fundamentalistas e extremados, americanos e ingleses, como Harold Hill (que exibe os louros de haver sido “cientista da NASA”) e Edgar H. Andrews16, dentre outros, vociferando ironias e fazendo piadas infames, sem apresentarem fundamentos pautados na razão pura, mas armados de fé (que geralmente procura provas de si mesma sem sair de si mesma), não pouparam escárnios a esse homem modesto, humilde e, talvez, mais cristão que muitos cristãos modernos – no sentido moral da palavra.
Pululam sites, blogs e artigos pseudo-acadêmicos, nada científicos, que exploram a “piada do macaco”, como “parente remoto do homem”. Coisa que rejeitam jocosamente, e geralmente ignorando (de propósito) que a referência é à classificação, e de uma determinada classe de primatas. Ademais, foi o agnóstico Thomas Henry Huxley17 quem, durante a reunião anual da British Association for the Advancement of Science, em 1860 (numa quinta-feira, 28 de junho), argumentou em favor da Teoria da Evolução do seu amigo Darwin, incluindo o homem entre os referidos primatas18. O debate, acalorado, foi de enorme repercussão. No sábado seguinte, durante nova sessão, o bispo Wilberforce19, obtendo a palavra, tratou de criticar a obra de Darwin – como sempre foi bem comum entre eclesiásticos. E, embora não haja um relato seguro sobre o ocorrido20, sabe-se que ele repetiu os argumentos que havia utilizado em um artigo seu, recente21. Como a exposição fosse oral, o velho bispo, em um gracejo miserável, empolgado em sua oratória perante o grande público, teria perguntado (a Huxley) se o seu parentesco com os macacos era pelo lado materno ou paterno. Huxley, tomando a palavra, disse que preferia ter um macaco como antepassado a uma pessoa – como o bispo, no caso – que usa de recursos da oratória para enganar os ignorantes e impedir que a verdade seja conhecida. “O impacto da resposta de Huxley foi tão grande que Lady Brewster, que assistia à sessão, desmaiou e precisou ser levada para fora da sala.”22   
O velho bispo, porta-voz da moral vitoriana, encontrou em Huxley – coisa que Darwin, por sua postura sóbria e comedida, jamais faria – um adversário consciente e turrão, pronto a peitar o seu prestígio, todo fincado no poder simbólico-secular da Igreja e do teatro romântico do mundo religioso. Darwin, “ao propor uma teoria materialista para a natureza do altruísmo humano”, afirma Mesquita, “se distanciou da teoria da interferência espiritual de Wallace23 e de todas as outras que propunham causas imateriais para o surgimento da moral [como as de Wilberforce, naturalmente]. Ele teria, por fim, quebrado todas as pontes entre as ciências naturais e o sobrenatural”24, tudo o que Huxley, em seus escritos, por outros meios, tentava fazer.
Hoje, há um ditado que se vai tornando cada vez mais popular, e que subscreve bem os ideais de Huxley, apoiado em Darwin e contra a moral religiosa – principalmente a sexual, aureolada pela Igreja, que se autoproclamou sua guardiã, alegando que, não fosse assim, seria a imoralidade e a barbárie: “Eu não preciso de religiões para ser moral, eu tenho a minha consciência.”







1 DARWIN, Charles. The descent of man and selection in relation to sex. London: John Murray, Albemarle Street, 1871. “Se A Origem das Espécies já havia causado muita polêmica ao contrariar as origens do mundo segundo o livro do Gênesis, A Descendência do Homem soou como uma declaração de guerra.” (MESQUITA, André Campos. Darwin: o naturalista da evolução das espécies. São Paulo: Lafonte, 2011. p. 157. [Col. Filosofia Comentada]).
2 MESQUITA, 2011, p. 157.
3 A Vontade de vida é o número do mundo, nada tendo de racional: “A Vontade que, considerada puramente em si, destituída de conhecimento, é apenas um ímpeto cego e irresistível – como a vemos aparecer na natureza inorgânica e na natureza vegetal, assim como na parte vegetativa de nossa própria vida.” Logo, “o que a vontade sempre quer é a vida, precisamente porque esta nada é senão a exposição daquele querer para a representação, é indiferente e tão-somente um pleonasmo se, em vez de simplesmente dizermos ‘a Vontade’, dizemos ‘a Vontade de vida’.” (SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação, I tomo. São Paulo: Editora UNESP, 2005. p. 357-8 [§ 54]). 
4 DARWIN, Charles. A luta pela sobrevivência. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009. p. 239-40. A luta pela sobrevivência é, como foi dito acima, um excerto de A origem das espécies. “O mais importante é que o ponto central da obra [A descendência do homem...] não era exatamente a descendência do homem, mas a seleção em relação ao sexo (subtítulo da obra). Darwin procura refutar opiniões que questionavam a relevância da beleza da plumagem de aves como o pavão na seleção natural, alegando que essas plumagens só poderiam ter sido desenhadas por uma divindade caprichosa.” (MESQUITA, 2011, p. 159).
5 Às vezes Carlos Lineu, ou a versão latinizada de seu nome: Carolus Linnaeus. A Linnean Society of London tem esse nome em sua homenagem; e foi aí que os trabalhos de Darwin foram lidos pela primeira vez, no dia 1º de julho de 1858.
6 No início do Livro X de A república, de Platão, o artífice da “cama ideal” – nas palavras de Sócrates – é quem garante a unidade da Ideia, e a diferença como imitação desta; não real, portanto. “Efetivamente, esse artífice não só é capaz de executar todos os objetos, como também modela todas as plantas e fabrica todos os seres animados, incluindo a si mesmo [Deus como Causa Sui], e, além disso, faz a terra, o céu, os deuses e tudo quanto existe no céu e no Hades, debaixo da terra.” (PLATÃO, A república, 596 a-e; PLATÃO. A república. 9 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001).
7 “A alma é causa e princípio do corpo que vive. Mas estas coisas se dizem de muitos modos, e a alma é similarmente causa conforme três dos modos definidos, pois a alma é de onde e em vista de que parte este movimento, sendo ainda causa como substância dos corpos animados. Pois, para todas as coisas, a causa de ser é a substância, e o ser para os que vivem é o viver, e disto a alma é causa e princípio. Além do mais, a atualidade é uma determinação do que é em potência." (ARISTÓTELES, De anima. São Paulo: Editora 34, 2006. p. 81). “A crença na imutabilidade das espécies era quase inevitável, tanto que se atribuía à história do mundo uma duração muito curta, e agora que adquirimos algumas noções de lapso de tempo, admitimos prontamente, e sem provas, que o registro geológico é bastante eficiente para nos fornecer a demonstração evidente da mutação das espécies, se elas sofreram mutação.” (DARWIN, 2009, p. 253).
8 ROMA, Justino de. Diálogo com Trifão, 112; P.G. 6, 460-66. GOMES, C. Folch. Antologia dos Santos Padres: páginas seletas dos antigos escritores eclesiásticos. 2. ed. São Paulo: Edições Paulinas, 1979. p. 70.
9 Termo que, parece, surgiu inicialmente – no sentido de “estudo do universo em sua totalidade, e do homem no mundo, por extensão” – com o filósofo alemão Christian Wolff (1679-1754), na publicação de sua Cosmologia Generali, em 1730.  
10 DAWKINS, Richard. The selfish gene. Oxford: Oxford Press, 1989. p. 1. 
11 No mesmo ano em que saiu a edição americana, publicada pela Viking (marca fantasia da Penguin Books), Helena Londres fez uma tradução para a edição brasileira, da Editora Globo: DENNETT, Daniel C. Quebrando o encanto: a religião como fenômeno natural. São Paulo: Globo, 2006. Dennett, filósofo e cientista cognitivo, é juntamente com Dowkins, Christopher Hitchens e Sam Harris, conhecido como um dos “quatro cavaleiros do ateísmo”.
12 SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
13 Cf. GARRET, Almeida. Cartas de amor à Viscondessa da Luz. Introdução, organização, fixação do texto e notas de Sérgio Nazar David. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004. O romântico Almeida Garret viveu de 1799 a 1854. No início da carta nº 1, para citar um exemplo do melodrama: “Que suprema felicidade foi hoje e minha, querida desta alma! Como tu estavas linda, terna, amante, incantadora! [sic] Nunca te vi assim, nunca me pareceste tão bela. Que deliciosa variedade há em ti, minha R. adorada! Possuir-te é gozar de um tesouro infinito, inesgotável. Juro-te que já não tenho mérito em te ser fiel, em te protestar e guardar esta lealdade exclusiva que te hei-de consagrar até o último instante da minha vida: não tenho mérito algum nisso.” (GARRET, 2004, p. 85). O objeto amado, como Deus, na religião cristã, é único e digno de lealdade, e é portador de tudo o que é bom e belo e sublime... Romantismo, cristianismo. 
14 Referência a Gottfried Leibnitz (1646-1710), cientista alemão.
15 DARWIN, 2009, p. 252.
16 HILL, Harold. Darwin e sua macacada. Deerfield, Florida: Editora Vida, 1994. ANDREWS, E. A. From nothing to nature: young people's guide to evolution and creation. Hertfordshire, England: Evangelical Press, 1978.  
17 Conhecido como “o Buldogue de Darwin”, pela paixão com que defendia as teses do amigo, o britânico Thomas Henry Huxley (1825-1895) foi um eminente biólogo, e um dos principais cientistas do século XIX. Patriarca de uma família de acadêmicos ilustres, foi avô de Aldous Huxley (1894-1963), autor da famosa distopia Admirável mundo novo; e também de Sir Julian Huxley (1887-1975) – o primeiro diretor da UNESCO, e fundador da World Wildlife Fund – e Sir Andrew Huxley (1917-2012), fisiologista e biofísico, ganhador do Nobel de Fisiologia/Medicina, em 1963.
18 Ponto que Darwin não havia abordado em seu livro.
19 O bispo anglicano Samuel Wilberforce (1805-1873), enquanto educador, foi um defensor obstinado da ortodoxia cristã inglesa, tipificando o ideal moral da Era Vitoriana, de 1837 a 1860. O referido artigo, bem como a sua celeuma com Huxley, foi abordado em um artigo de J. R. Lucas, Wilberforce and Huxley: a legendary encounter. Disponível em: <http://users.ox.ac.uk/~jrlucas/legend.html> Acesso em: 06 out. 2012
20 O próprio Huxley, em uma carta de 9 de setembro de 1860, enviada ao amigo Frederick Dyster, conta do ocorrido. HUXLEY papers, 15.117. Imperial College os Science and Technology.
21 Cf. MARTINS, Roberto de Andrade. Thomas Huxley, o debate entre ciência e religião, e a educação. In: HUXLEY, Thomas Henry. Escritos sobre ciência e religião. São Paulo: Editora UNESP, 2009. p. 11. (Col. Pequenos Frascos).
22 MARTINS, 2009, p.12.
23 Alfred Russel Wallace (1823-1913) foi um naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo britânico, autor de um ensaio no qual praticamente definia as bases da Teoria da Evolução (ainda em 1858), que foi endereçado pelo próprio a Darwin, de quem era amigo, com o pedido de que ele o analisasse. Para defender a originalidade das suas pesquisas de quase 20 anos, Charles Lyell (1797-1875) e o botânico Joseph Dalton Hooker (1817-1911) propuseram que os trabalhos fossem apresentados conjuntamente à Linnean Society, que era então o centro de estudos de história natural mais importante da Grã-Bretanha; a famosa apresentação do 1º de julho de 1858.
24 MESQUITA, 2011, p. 161.


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